sábado, 10 de novembro de 2007



Diria sim,
Que tenho meus versos encharcados de um romantismo passadista,
De melancolia ultrapassada, deixada no fundo da gente.
Se escrevo, sonho. Se sonho, vivo. Se vivo, me esqueço
E perco, aos poucos, a espontânea originalidade do mármore.
Não sei ser frio, tampouco escrever sobre icebergs flutuantes
Mas, se escrevo sobre solidão, se meu amor é minha última poesia,
Por certo meus versos serão sempre banhados em amor...
Passadista, ultrapassado, mas amor.
Esquisito, melancólico, mas unicamente amor.
Se encharco, então, se afogo, prendo, acorrento
Todos os meus - incontáveis! - versos nesse romantismo
É porque sou um romântico alagado de saudade.


E há sempre uma pontinha de saudade em cada poema...

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